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As produções "Seu Vavá e a Paixão pela Sétima Arte" e "Doc.Teatro: Mulheres, Cena e Memória" resgatam a memória de artistas e cinematógrafo de Fortaleza

Por Beatriz Rabelo

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Em meio a uma conversa com Marco Polo, o imperador mongol Kublai Khan perguntou ao viajante veneziano qual, dentre as muitas pedras que ele descrevera sobre uma ponte em arco, era aquela que sustentava a estrutura. Como resposta, Marco passou a explicar que a ponte não era sustentada por uma ou outra pedra, e sim pela curva do arco que elas formavam.

 

“— Por que falar das pedras? Só o arco me interessa. 

Polo responde.

— Sem as pedras, o arco não existe”

 

Da mesma forma são as cidades. Sem os sujeitos que a ocupam, a cidade não existe. Para falar da malha urbana, é preciso tratar sobre os muitos indivíduos que a compõem, modificam e sustentam. Suas idiossincrasias e distintas maneiras de habitar o vivo indivíduo que é a cidade. Os metrôs e as bicicletas, os carros e as jangadas, os barcos e os ônibus. Todos eles operados por sujeitos que realizam trajetos diversos, construindo fios intermináveis de relações e cruzamentos na cidade. 

 

As estátuas derrubadas, os lambes colados, as ruas, becos, vilas e praças ocupadas, os teatros produzidos, os cinemas modificados, o graffiti pintado. Não há cidade sem as pessoas que a habitam. São elas que a edificam dia após dia, responsáveis não apenas por construir o hoje, como por apontar os caminhos possíveis para o futuro que ainda há de ser percorrido pelas próximas gerações.

 

Nesse processo, as produções cinematográficas que se debruçam sobre as histórias de algumas das figuras que constroem a cidade possibilitam não só o resgate da memória, como a compreensão de quem somos e até mesmo, do que podemos ser. 

 

Nesta sessão, as artistas Iasmin Matos, Edla Maia e Juliana Tavares utilizam a arte do cinema para escavar histórias. Com o afeto de paleontólogas e a curiosidade de Calvino, se aprofundam nos detalhes das vidas do fazedor de cinema de rua Seu Vavá, a diretora de teatro de Fortaleza Herê Aquino; a atriz e produtora cultural Kelly Enne Saldanha e a atriz e cantora Marta Aurélia.

 

Assim, conseguem não só compartilhá-las com públicos de distintas gerações, como mantê-las como registro e impedir que, de algum modo, essas narrativas se percam completamente no decurso do tempo.

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